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Passageiros esperaram uma hora até que o veículo fosse retirado do barro por um trator |
Na manhã desta sexta-feira (12/01/18) um ônibus encalhou na comunidade de Vista Alegre, no interior de Prudentópolis, o local fica a cerca de 37 km do centro da cidade.
Para os moradores, a situação é frequente, sempre que chove o problema volta a se repetir. Aproximadamente vinte pessoas tiveram que esperar uma hora até a chegada do trator, a única solução que tornou possível a continuidade da viagem. Os próprios passageiros, motorista e moradores da comunidade tentaram tapar os buracos utilizando pás e picaretas.
Na semana anterior, na mesma comunidade, parte da ponte do rio Barra Grande cedeu por conta do volume de chuvas. Na ocasião, os moradores também se mobilizaram para concertar o estrago. Há quatro meses, as estradas do lugar não recebem cascalho. Segundo os passageiros e moradores, na última terça-feira (09), a máquina responsável por colocar o cascalho passou pela comunidade e depositou o material em alguns trechos de uma comunidade vizinha.
A passageira Andreia Havresko veio de Curitiba para visitar o pai na Comunidade de Perobas, região próxima à Vista Alegre. “Está muito difícil! Dá medo, faz três anos que eu não venho para cá. Infelizmente está bem complicado, o meu marido tem medo de colocar o carro nessas estradas, aí a gente vem de ônibus”, comentou.
O morador Ambrósio Michalichem também sofre com o problema, fato que atrapalha na produção de sua lavoura. “A gente sofre porque não tem jeito de ir para cidade. Ás vezes precisa trazer alguma coisa para colocar nas plantas e tem que esperar, atrasa tudo a plantação”, lamentou o agricultor.
Quando as estradas ficam nessas condições a única forma de chegar até o centro é pagando uma “corrida”, expressão usada pelos moradores para se referirem ao aluguel de carros dos vizinhos, geralmente veículos leves e traçadosque conseguem ultrapassar os buracos feitos pelo excesso de chuva, mas a alternativa tem impactos no bolso. Enquanto, a passagem do ônibus que faz rota diariamente em três comunidades, custa em média 15 reais, as “corridas” variam de 150 até 250 reais dependendo da comunidade. A maioria dos moradores que utilizam esse recurso são aposentados, que dificilmente têm renda mensal superior a um salário mínimo.
As estradas rurais precárias ainda guardam outros problemas, isso porque em algumas ocasiões os ônibus encalham em locais perigosos, próximos a ribanceiras e peraus, o que coloca em risco a vida dos viajantes. O comércio também sofre quando a população rural fica impedida de chegar até o centro da cidade, os varejos e outros locais ficam pouco movimentados, o que afeta no rendimento das lojas.
Não são só as comunidades de Perobas e Vista Alegre que sofrem com o problema, outros locais do munícipio também passam pela mesma dificuldade. A situação poderia ser amenizada se os pontos frágeis do trajeto fossem reparados com frequência. Afinal, é desses solos distantes que mãos calejadas tiram o sustento das famílias e dão ao munícipio o título de Capital Nacional do Feijão Preto, e também a fama de terra do mel e da erva-mate. Enquanto o feijão floresce nos campos por causa da chuva, nas estradas o povo continua padecendo por falta de assistência.

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