sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Pedido de Cassação de Kenny está na Câmara com 1.490 assinaturas

Sessenta dias se passaram desde o trágico atropelamento que tirou a vida de José Maceno de Almeida, de 82 anos, no dia 21 de dezembro de 2024. Seu José caminhava pela calçada no bairro Jordão quando foi atingido pelo carro conduzido pelo vereador Kenny Rogers. Nesta quinta-feira (13), um marco importante foi alcançado, um pedido popular de cassação do mandato de Kenny Rogers foi oficialmente protocolado na Câmara de Municipal de Guarapuava, respaldado por 1.490 assinaturas.

A iniciativa foi liderada pelo guarapuavano Lucas Castro, que, sensibilizado pelo caso e pela repercussão nacional do atropelamento, tomou a frente na mobilização popular. Determinado a buscar justiça, Lucas deu início à coleta de assinaturas logo após o ocorrido e, com o apoio da população, consolidou um movimento que agora chega oficialmente ao Legislativo Municipal.

EMBASAMENTO DO PEDIDO 

 O pedido de cassação está embasado nos seguintes fundamentos legais:

- 1 – Código penal, artigo 38: “Quem comete crime, e em estado de embriaguez, será punido com as penas que lhe forem impostas, diminuídas de 1/3 a 2/3, conforme o caso”. O vereador ao cometer infração em estado de embriaguez comprometeu a confiança pública e violou a ordem pública.

- 2 – Lei nº 8.112/190, artigo 38: A pena de demissão será aplicada quando o servidor cometer ato de improbidade administrativa”. O comportamento do vereador, em desrespeito às leis de trânsito e aos deveres de um representante público, configura um ato de improbidade administrativa, passível de punição.

 3 – Artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/1987): O vereador ao tentar fugir do local do crime, infringiu diretamente a legislação de trânsito, comprometendo a segurança pública e demonstrando total desrespeito à função que exerce como representante do povo.

A mobilização popular liderada por Lucas Castro demonstra a força da sociedade civil e a importância da participação cidadã na busca por justiça e ética na política. Agora, cabe à Câmara de Vereadores avaliar o pedido e dar uma resposta à população.